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[Opinião] Estaria a Sony “dormindo no ponto” com o PlayStation 4?

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Se no começo do mês de junho, logo após a E3 2013, as pessoas estavam com a clara ideia que a próxima geração de consoles da Sony era a clara vencedora na batalha contra os seus rivais, na segunda metade do mês de agosto, essa vitória não é tão evidente assim.

Aos poucos, a Microsoft está revertendo o jogo a favor do Xbox One. Afinal de contas, a Sony ficou meses sem trazer novidades sobre o console, sem disponibilizá-lo em pré-venda e sem anunciar o seu valor em alguns mercados (como o brasileiro). E isso faz com que a Sony perca uma oportunidade de ouro para simplesmente amassar os seus adversários diretos nesse segmento.

A impressão que eu tenho é que a Sony está dormindo nos louros obtidos durante a E3 2013. O console recebeu críticas tão positivas do gamers e dos especialistas no assunto, que parece que os japoneses relaxaram. Ainda mais quando viram que os mesmos pontos foram alvos de críticas pesadas da Microsoft, que apresentou todas as suas restrições e entraves.

Pois é. Enquanto a Sony não fez muita coisa, a Microsoft fez. E segue fazendo. Corrigiu boa parte dos “problemas” (a.k.a. restrições) do Xbox One, que foram desaparecendo com o passar dos últimos meses, justamente por causa da pressão do público, que de forma merecida criticou o console e suas inúmeras políticas.

Não faz muito tempo que a Microosft divulgou que o novo Kinect não será obrigatório para o funcionamento correto do Xbox One. Apesar do dispositivo estar incluso no pacote de venda, não será necessário que o mesmo esteja o tempo todo conectado no console para executar os jogos ou aplicativos. Desde o começo, a obrigatoriedade do Kinect sempre foi uma das partes mais criticadas do Xbox One, por causa da insegurança que o dispositivo oferecia ao ter um gadget que estaria o tempo todo escutando as nossas conversas, esperando um comando para ser acionado.

Também foi anunciado recentemente que o bloqueio dos jogos por regiões está oficialmente removido do Xbox One, expandindo assim as possibilidades dos usuários em adquirirem jogos em outros países. Além disso, a Microsoft também confirmou que o Kinect não gravará nem enviará as conversas na nuvem em nenhum momento, e esse é mais um ponto a favor do console.

Para completar, em sua apresentação na Gamescom 2013, a feira de videogames mais importante da Europa, a Microsoft apresentou mais uma das suas cartas escondidas para seus consumidores em potencial, oferecendo uma versão 100% gratuita do FIFA 14 via download, para todos aqueles que reservaram o Xbox One ou ainda pretendem reservar o console. Esse é um ótimo diferencial, pelo menos nesse começo.

De novo, é importante lembrar que a já conhecida diferença de US$ 100 entre os dois consoles (no momento em que esse post é produzido, a Sony ainda não anunciou a que preço o PlayStation 4 será vendido no Brasil) está cada vez mais sendo reduzida, com as novas promoções e pacotes especiais de lançamento preparados pela Microsoft com os seus canais oficiais de venda.

Veja bem: não estou dizendo que o Xbox One é melhor que o PlayStation 4. Estou falando de mercado. Negócios. Pequenos atrativos que podem resultar em grandes volumes de vendas. E, nesse aspecto, a Microsoft já largou na frente, oferecendo o console em pré-venda antes, entregando vantagens, removendo restrições e outras pequenas iniciativas que fizeram com que a empresa recuperasse parte do desastre promovido pela própria Microsoft na E3 2013.

De novo: a Sony tinha a oportunidade de apresentar alguma novidade durante o seu evento na Gamescom, e de forma quase unânime para os presentes, eles organizaram uma apresentação considerada frustrante, sem grandes anúncios relativos ao PlayStation 4. A única grande novidade sobre o console é a data de lançamento nos mercados dos EUA (15 de novembro), da Europa (29 de novembro) e no Brasil (29 de novembro).

Até lá, não será surpresa que a Microsoft ofereça mais alguns presentinhos para os compradores, enquanto que a Sony fica dormindo no ponto, perdendo uma oportunidade de ouro de afundar os seus adversários. Com isso, nivelou a disputa para a maioria dos consumidores NOVOS (os veteranos já se decidiram na sua maioria), complicando a escolha nesse novo grupo de gamers.


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