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Review | Motorola Moto X

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Chegou a hora de analisar um dos smartphones mais esperados de 2013. O Motorola Moto X chega ao mercado com a promessa de ser “o iPhone dos smartphones Android”, oferecendo um hardware mais modesto do que os modelos considerados top de linha, mas com um desempenho plenamente ajustado às suas especificações. Com isso, a Motorola acredita entregar uma das melhores experiências Android, com uma interessante relação custo/benefício.

Aliás, a principal questão levantada pelo Moto X é: o Android realmente precisa de uma elevada especificação de hardware para entregar uma eficiente experiência de uso? Tudo bem, quanto mais poderoso um hardware, maiores são as chances de bons resultados com o dispositivo, tanto na experiência de uso quanto na performance. Mas… e se tudo for ajustado sobre medida? Hardware e software trabalhando juntos para ter uma sobra suficiente, para que tudo funcione muito bem?

Essa é uma das propostas do Moto X. E esse review pretende descobrir se essa proposta foi alcançada.

Características Físicas

Em todas as vezes que eu vi o Motorola Moto X pela internet, eu achei que ele seria um smartphone mais espesso, e com ar mais agressivo. Ao ver o produto pela primeira vez, a minha impressão foi bem diferente. Estamos diante de um smartphone com linhas refinadas, baixa espessura, muito boa construção, e com um “quê” de Nexus 4, Galaxy Nexus e derivados. Talvez essa seja um dos indícios mais fortes para muitos afirmarem que “a Google passou por aqui”, ou que o dispositivo recebeu influência do pessoal de Mountain View em sua concepção.

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O Moto X é um telefone muito bem construído. É um produto de tecnologia em peça única, sem parafusos expostos, com um único ponto de emenda, que circunda toda a lateral do dispositivo. A Motorola decidiu fazer com que as bordas das laterais (que “prendem” a tela ao corpo do smartphone) se combinassem à sua carcaça, tornando o seu acabamento realmente atraente.

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O produto praticamente não tem botões. Possui apenas os botões de liga/desliga e controle de volume, todos do lado direito.

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Fora isso, apenas o conector para fones de ouvido (na parte superior do dispositivo), e o conector para o cabo USB, para recarga de bateria e transmissão de dados.

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O modelo utiliza o nano SIM cards para funcionar com as operadoras de telefonia móvel. Ou seja, recomendo que você troque o seu chip atual pelo nano na operadora no ato da compra do smartphone. Não aconselho recortar o SIM card para o formato nano SIM. Não é um procedimento prático para a maioria dos usuários (principalmente os menos experientes), e os efeitos colaterais podem ser muito indesejados.

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Outro detalhe importante: o Moto X não é um smartphone tão pesado quanto eu imaginava (apenas 130 gramas). Ele é compacto, passa a sensação de robustez, mas é um dispositivo relativamente leve para o seu transporte e uso diário. Bom, pelo menos é mais leve do que o meu antigo iPhone 4, e como tem um menor volume, se adapta melhor às minhas necessidades. Além disso, o seu tamanho (12,9 x 6,5 x 1cm) oferece uma boa pegada para conversações e outras atividades, tornando o seu uso durante os testes algo muito agradável.

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Sem falar que essa pequena curva na parte traseira do smartphone oferece um benefício duplo: além de deixar o smartphone melhor encaixado nas mãos, essa curva evita que a lente da câmera traseira fique em contato constante com a superfície da mesa (ou de qualquer outro lugar que o smartphone fique posicionado), o que é algo sempre muito bem vindo.

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No final das contas, o Motorola Moto X possui características físicas que devem agradar os mais diferentes perfis de usuários. Boa pegada, excelente construção… um gadget muito bem ajustado nesse aspecto.

Acessórios

O Motorola Moto X traz a maioria dos acessórios considerados padrão para a maioria dos dispositivos da sua categoria, mas com alguns adicionais. Sua embalagem destaca aquilo que a Google quer reforçar na imagem do produto: simplicidade.

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Dentro da caixa enviada pela assessoria de imprensa da Motorola Brasil, temos (além do smartphone), a documentação (certificados, guia rápido de utilização, etc), cabo de dados microUSB, uma chave de ejeção da gaveta do nano SIM, um carregador para rede elétrica, com duas saídas USB (o que permite que você carregue dois dispositivos ao mesmo tempo) e os seu fone de ouvido.

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Quero já destacar esse fone de ouvido, que apesar de não ser um fone do tipo in-ear, consegue enviar uma excelente qualidade de som, com alto volume. Tudo bem, padece de graves (como todo fone de sua categoria), mas ao menos você vai ter um volume bem mais satisfatório que outros fones ofertados em dispositivos de outros fabricantes.

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Tela

A tela do Motorola Moto X é do tipo AMOLED, e possui 4.7 polegadas, com resolução HD (720 x 1280 pixels), com a proteção da película Gorilla Glass, densidade de 312 pixels por polegada e 16 milhões de cores. É uma tela de elevada qualidade, e a primeira impressão que tive quando liguei o smartphone pela primeira vez foi com a sua incrível reprodução de cores. É uma tela brilhante, mas não com um brilho exagerado (quem sabe cores mais saturadas do que o ideal, mas tal percepção pode variar de pessoa para pessoa), o que se converte automaticamente em uma tela prazerosa para uma visualização dos elementos.

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A exibição de vídeos e jogos é simplesmente excelente nesse dispositivo. Pelas características já apresentadas no parágrafo anterior, o Moto X tem uma tela perfeita para quem quer ver vídeos  ou rodar jogos. Não só pelo seu tamanho, mas principalmente, pelas suas especificações.

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Também é bom lembrar que a sua densidade de tela é maior do que a presente em telas do tipo “retina”, ou seja, a qualidade de imagem plena está mais do que garantida, deixando a exibição dos gráficos simplesmente perfeita. Talvez alguns usuários vão reclamar da saturação das cores apresentadas (algo que não está presente nas telas de LCD), mas entendo que vai satisfazer a maioria dos usuários que querem um smartphone com uma tela de alta qualidade para as suas atividades.

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Outro ponto de grande destaque da tela do Moto X é que esta é  uma “tela inteligente”. O smartphone não possui um LED de notificações, mas ele pode apresentar essas notificações na tela em situações específicas, como por exemplo, ao retirar o smartphone do bolso, ou quando você simplesmente pega o smartphone. Nesses momentos, o relógio é exibido no centro da tela, junto com o ícone de desbloqueio de tela, ou as notificações de e-mails ou mensagens instantâneas.

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Mas antes que você reclame que “isso vai acabar com a bateria do meu smartphone”, eu digo “como você não sabe de nada…”. A tela do Moto X é realmente inteligente pelo simples fato de, no momento das notificações, ela só acende os pontos de luz necessários para exibir a tal notificação ou relógio, sem precisar ligar a tela toda. Mesmo no momento onde verificamos o resumo das notificações, só são acionados os pontos necessários para a exibição desse resumo de mensagens.

Ou seja, a maior parte da tela fica com os seus pontos de luz desligados, e você só vai ligar a tela toda se realmente precisar. O resultado disso? Mais um ponto para colaborar com uma autonomia de bateria maior – mais adiante eu falo sobre isso no review.

Sistema Operacional e Interface de Usuário

O Motorola Moto X possui o sistema operacional Android 4.2.2 Jelly Bean, com atualização para a versão 4.3 Jelly Bean já garantida. Não há nenhuma informação oficial por parte da Motorola sobre uma futura atualização para a versão 4.4 KitKat. Mas pelo fato da Motorola Mobility ser uma empresa Google, e pelas possibilidades que o próprio dispositivo oferece, as chances do Moto X receber algum dia a mais recente versão do Android são consideráveis.

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A Motorola mais uma vez aposta em uma interface de usuário com poucas modificações, e muito mais próxima da proposta do Android puro. Dessa vez, as modificações são ainda menores, uma vez que a aba de acesso rápido aos recursos de conectividade (Wi-Fi, Bluetooth, GPS, conexão de dados, etc) volta a se posicionar em um ícone no canto superior direito, na aba de notificações.

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Ou seja, no sistema operacional em si, não temos muitas novidades. É uma interface mais simples, que me agrada mais, por ser mais leve e funcional. Nesse ponto, a Motorola segue acertando ao insistir nessa aposta. Logo, vamos falar de alguns dos recursos exclusivos presentes no dispositivo da Motorola.

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O Migração Motorola pode ser algo muito bem vindo para os usuários iniciantes, ou para aqueles que não querem se deparar com dificuldades na hora de migrar os seus dados. O recurso faz a importação das mensagens e contatos salvos no cartão SIM para o smartphone, além do seu histórico de mídias e ligações. É bem útil para quem realmente não quer perder nada do smartphone antigo, reproduzindo todo esse histórico para o modelo novo. Além disso, pode beneficiar os usuários que nunca utilizaram um smartphone na vida, e acreditam que precisam digitar os seus contatos tudo de novo.

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O MotoCare é o sistema de suporte do dispositivo, dentro do próprio dispositivo. Para aquelas dúvidas eventuais ou problemas relativos ao funcionamento do Moto X, o usuário pode fazer uma consulta no banco de perguntas e respostas oferecido pela Motorola, buscar ajuda com um especialista via bate-papo por texto, ou até mesmo ligar para o suporte da Motorola, com um acesso direto, com um único toque.

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O Assist é um modo inteligente que a Motorola oferece para que o smartphone automaticamente se ajuste aos diferentes momentos do dia do usuário. Ele pode, por exemplo, silenciar todas as notificações durante o período de sono do usuário, fazer ajustes otimizados para se adaptar aos momentos onde o usuário está dirigindo, e ajustar os alertas e toques de chamadas, caso o usuário esteja em uma reunião.

Além disso, o Motorola Moto X oferece o Motorola Connect, que permite que o usuário visualize os alertas de mensagens SMS e chamadas recebidas no computador, através de um plug-in que você instala no navegador Google Chrome. O recurso não permite o atendimento de chamadas ou a resposta de SMSs direto pelo computador, mas já é uma mão na roda para aqueles profissionais que ficam trabalhando o tempo todo diante do computador, e não podem ficar o tempo todo parando o trabalho para verificar se novas chamadas ou mensagens foram realizadas. É uma forma do usuário ficar sabendo se alguma mensagem importante ou chamada foi recebida enquanto o smartphone está em modo silencioso.

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Porém, o principal destaque entre os recursos do Moto X é o seu sistema de reconhecimento de voz. A Motorola está focando parte da propaganda promocional do smartphone no fato do usuário poder interagir com o dispositivo apenas por comandos de voz em algumas situações.

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O sistema funciona bem na identificação da fala do usuário. Antes de sua primeira utilização, o usuário precisa calibrar o sistema, para que ele reconheça a sua voz, o volume de sua voz e sua entonação de voz. O mais interessante nesse caso é que o sistema é realmente bem sensível, pedindo para que o usuário não fale próximo ao smartphone, nem em um volume muito alto, para que a experiência seja a mais natural possível.

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E tudo isso, começando com a frase: “Ok, Google Now”.

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Por outro lado,a  versão brasileira do recurso de comandos por voz é bem limitada. São poucas as opções de comando identificados em português (como por exemplo, traçar rotas, fazer pesquisas na web, realizar chamadas telefônicas, etc), e o aumento da disponibilidade desses comandos está diretamente relacionado às futuras atualizações do smartphone por parte da Motorola. Acredito que em um futuro a médio prazo, novos comandos serão adicionados, permitindo um controle mais pleno das funcionalidades do dispositivo apenas pelo comando de voz. Por enquanto, o recurso só serve para os mais descolados fazerem uma graça com os amigos, com o objetivo de mostrar o que o seu smartphone novo é capaz de fazer.

Qualidade de Áudio e Chamadas

O Motorola Moto X possui uma ótima qualidade de áudio no alto-falante traseiro, para reprodução de toques e alertas. Dependendo toque escolhido, o volume é até alto demais. Como o smartphone possui um design curvado na parte traseira, e o alto-falante fica posicionado ao lado da lente da câmera, esse mesmo alto-falante não fica abafado quando o aparelho fica repousado em uma mesa ou superfície plana, fazendo com que o som seja reproduzido sem nenhum tipo de obstáculo.

Já destaquei o fone de ouvido que acompanha o produto. O áudio reproduzido por esse fone é cristalino e com um alto volume. Porém, se você ainda assim preferir utilizar o fone de ouvido de sua preferência, é perfeitamente possível, e a qualidade de reprodução é a mesma, ou até melhorada (se for um fone do tipo in-ear). A saída de som desse aparelho é de alta qualidade. Os fãs de música ficarão satisfeitos nesse quesito.

O alto-falante para chamadas tem um volume satisfatório. É possível ouvir bem a outra pessoa do outro lado da linha durante as chamadas, apesar do áudio sair levemente abafado. Mas não é algo que deve incomodar. Apenas como comparação: possui um volume mais alto com um modelo que muitos já tomam como base de comparação, o Nexus 4. Para as chamadas com o viva-voz, o aparelho também tem uma boa reprodução de áudio, mas mais indicado para os ambientes com pouca interferência de ruído externo.

Sobre a qualidade de chamadas, nenhum problema mais sério foi percebido. Todas as chamadas realizadas no produto foram concluídas e aconteceram sem maiores problemas de quedas, falhas de sinal e outros incidentes. Lembrando sempre que, nesse quesito, os resultados podem variar de acordo com a região que você vive, e de acordo com a operadora que você está utilizando.

Também não observei anormalidades em relação ao áudio captado pelo microfone do Moto X. Pelo menos durante os testes feitos, não recebi nenhuma reclamação sobre a qualidade do áudio, ou pedidos para repetir a última frase, ou sequer um “fala mais alto, que eu não estou te ouvindo”.

Internet

Para os usuários que precisam ficar conectados o tempo todo, com alta velocidade, o Motorola Moto X oferece a tão desejada conectividade em 4G (LTE), algo que já vem se tornando comum nos smartphones top de linha e até mesmo entre os modelos intermediários. Infelizmente, como vivo em uma cidade onde o 4G ainda não está disponível (Araçatuba, interior do estado de São Paulo), não pude testar a internet de alta velocidade. É, vou ficar devendo nessa.

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Por outro lado, a conectividade em 3G+ (ou HSPA+) funcionou sem maiores problemas, com uma boa velocidade de conexão, dentro das limitações impostas pela operadora utilizada (Claro) na minha região. Aliás, um conselho: se você pensa em mobilidade, sempre pense em um smarpthone que ofereça uma conectividade HSPA+ e, de preferência, com 42 Mbps. Facilita um pouco as coisas quando a sua operadora móvel não entrega uma boa qualidade de internet.

Para o Wi-Fi, o Moto X trabalha no padrão 802.11 b/g/n/ac (banda dupla), o que garante uma melhor capacidade de sinal e transmissão de dados nas redes wireless. A capacidade de identificação e alcance de rede do smartphone é satisfatória, mesmo se considerarmos eventuais obstáculos entre o roteador e o dispositivo durante os testes.

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Resultado: a experiência de internet com o dispositivo foi plenamente satisfatória. É um gadget para quem quer ficar conectado o dia inteiro, explorando o máximo das possibilidades das redes disponíveis (Wi-Fi, 3G, 3G+ e 4G).

GPS

O Motorola Moto X possui os recursos básicos da Google para localização e GPS, e não traz softwares de terceiros para essa tarefa. Por outro lado, o seu receptor trabalha com os padrões GPS, A-GPS e GLONASS, o que garante uma identificação mais rápida de sua localização no Google Mapas ou no aplicativo de localização do Android.

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Na prática, você tem um GPS muito competente. Para quem quer utilizar o smartphone também como alternativa ao GPS veicular, essa é uma alternativa que não vai te deixar na mão. Principalmente levando em consideração a sua precisão e rapidez ao identificar a sua localização.

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Câmera

O Moto X possui uma câmera traseira de 10 megapixels, com abertura de 1/2.6″, com recursos de foco automático, touch focus, HDR automático (ou não, se você assim desejar), geo-tagging, face detection e gravação de vídeos em Full HD. Esse é um dos pontos fracos do aparelho, já que o resultado para fotos fica abaixo do esperado para uma câmera desse porte. Porém, como já recebemos a informação que está disponível lá fora uma atualização fornecida pela própria Motorola, que melhora de forma sensível a qualidade final das fotos, esse é um ponto que será corrigido por aqui em breve.

E, antes que você pergunte: durante o tempo que testei o dispositivo por aqui, essa atualização não ficou disponível no modelo enviado para testes. Imagino que, quando você estiver lendo este review no futuro, essa atualização já se faça efetiva. E, se assim acontecer, deixe as suas impressões na área de comentários.

Vale lembrar que a Motorola adicionou nesse sensor a tecnologia ClearPixel, que promete um ganho de até 75% em ambientes com luz artificial e/ou pouca luz. Na prática, a câmera até consegue uma melhor captação de luz, mas os resultados ainda ficam abaixo do esperado. De novo, vou repetir para não deixar dúvidas: testei essa câmera sem receber a tal atualização já disponível lá fora para corrigir esses problemas. E tudo o que li sobre o assunto mostra que a câmera do Moto X melhorou após a atualização. Esperemos por mais informações nas próximas semanas.

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De um modo geral, a câmera traseira do jeito que está ainda consegue ser satisfatória para aquelas pessoas que querem publicar fotos nas redes sociais e no Instagram. Para quem precisa de necessidades imediatas com essa câmera, com fotos com maior qualidade, vai querer que essa atualização do app da câmera se faça efetiva o mais depressa possível, para que os resultados fotográficos sejam mais satisfatórios.

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O software da câmera é realmente bem simples. A interface do aplicativo de câmera adotado pela Motorola é minimalista ao extremo, com poucos recursos na tela inicial do dispositivo, e um novo menu, em forma de carrossel, onde o usuário encontra as configurações mais básicas para ajustes diversos para uma melhor foto em diferentes situações. Não há filtros e outros recursos para customização de imagens, se limitando apenas aos mais básicos. É pensado para quem pensa na simplicidade, ou não quer se perder no meio de tantas funções fotográficas.

Em compensação, esse app de câmera possui o recurso de acionamento através do sistema de movimento da câmera. Gire o pulso três vezes com o smartphone na mão, e pronto: a câmera está acionada para o disparo. É mais intuitivo do que sair procurando por um botão de câmera.

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A câmera frontal possui 2 megapixels, com gravação de vídeos em Full HD. É uma câmera melhor que a média dos seus concorrentes, e que até pode render bons vídeos e fotos intermediárias.

Na parte de gravação de vídeos, as duas câmeras tiveram bons resultados durante os testes, inclusive no recurso de gravação com slow motion. Na versão em vídeo desse review, você pode conferir um breve teste que fizemos com as duas câmeras.

A seguir, algumas fotos que registramos durante os testes.

Fotos durante o dia (sem e com HDR, na ordem, a cada duas fotos)

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Fotos em ambientes com luz artificial (sem e com HDR, na ordem)

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Games

Com um processador dual-core de 1.7 GHz, 2 GB de RAM, GPU Adreno 320 e tela de 4.7 polegadas com resolução HD, o Motorola Moto X é um dos dispositivos que entram na lista de excelentes relações custo-benefício do mercado para os gamers. Todas essas características de hardware se convergem em uma excelente experiência para os jogos, com títulos de diferentes características rodando no smartphone, sem qualquer tipo de problema ou anormalidade.

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Outro fator que beneficia esse desempenho todo é a presença da tecnologia Mobile Computer System, que gerencia melhor os recursos do smartphone, destinando um maior gerenciamento do processador para as tarefas mais complexas, como é o caso dos jogos. Além desse benefício de desempenho, temos também um ganho considerável na autonomia de bateria (falo da bateria do Moto X de forma mais específica mais adiante). E isso porque eu nem citei o favor da interface Android, que é praticamente em estado puro no caso desse smartphone, e isso também ajuda no desempenho geral do dispositivo.

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Para resumir: se você pensa em adquirir o Moto X para jogos das mais diferentes categorias (dos casuais aos jogos pesados), o smartphone é uma das opções mais indicadas. Talvez o maior inconveniente é o fato do smartphone não contar com um slot para expansão de armazenamento, obrigando o usuário a armazenar todo o seu conteúdo em um luar só. Mas nem tudo nesse mundo é perfeito. E, em compensação, você economiza uma boa grana, evitando comprar um concorrente que custa mais caro.

Multimídia

O Moto X oferece os aplicativos considerados padrão do Android para reprodução de músicas e vídeos. Ou seja, você tem à sua disposição assim que receber o dispositivo os aplicativos Google Play Música e Google Play Vídeos. São apps simples, apenas com os recursos mais básicos para reprodução e gerenciamento dos arquivos armazenados no dispositivo. Aqui, recomendo que você instale os aplicativos de sua preferência para uma experiência mais plena com o produto.

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Em compensação, por contar com uma tela de 4.7 polegadas em HD, a reprodução de vídeos se torna algo prazeroso no dispositivo. Apesar de alguns se incomodarem com uma tela AMOLED pelo fato da sua saturação de cores. Porém, apenas os mais exigentes vão reclamar disso. E, comparado aos seus concorrentes de preço, me desculpem os puristas, mas eu ainda prefiro contar com esse tipo de tela. O conjunto geral é mais completo, e a experiência de uso é mais satisfatória.

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Também é bom lembrar que o Moto X não possui rádio FM nativo, ou seja, você pode optar pelo seu aplicativo preferido para rádio (a Motorola ainda dispõe de uma opção na Google Play Store, mas a disponibilidade pode variar entre os modelos da empresa), ou até instalar o TuneIn Radio, que agrega diversas rádios pela internet.

Benchmarks

Mais uma vez utilizamos nos testes de benchmark os aplicativos AnTuTu Benchmark e Quadrant Standard. Nos nossos testes, fizemos as avaliações com todos os aplicativos fechados, para que a análise seja a mais fiel possível, visando explorar todo o teórico potencial do dispositivo analisado.

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No AnTuTu Benchmark, o Moto X obteve 21.160 pontos, ficando (obviamente) abaixo de modelos mais potentes, como o HTC One e o Samsung Galaxy S4. Por outro lado, ficou acima de concorrentes de peso, como o Galaxy Note II e o Sony Xperia Z. Já no Quadrant Standard, a sua pontuação foi de 8.731 pontos.

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É sempre bom lembrar que testes de benchmark não querem dizer muita coisa em relação ao real potencial do dispositivo. O que realmente importa é se o seu desempenho é satisfatório para as mais diferentes atividades. O benchmark dá uma ideia do potencial do dispositivo, mas não é  um determinante para dizer se ele é competente ou não para realizar as tarefas designadas. Até porque outros fatores (de hardware e software) podem influenciar para uma melhor performance.

Bateria

Outro grande ponto positivo do Moto X é a sua bateria. A Motorola adotou no produto o Mobile Computer System, trabalhando em conjunto com o processador Qualcomm Snapdragon S4 dual-core de 1.7 GHz. E essa combinação cumpre o que promete. Um dos chips é responsável pelo processamento das instruções de voz (para o Google Now), enquanto que o segundo chip é responsável pelo gerenciamento dos sensores do dispositivo.

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O resultado é um impacto brutal na autonomia de bateria. E um impacto positivo: a Motorola prometeu no ato do lançamento do Moto X que sua autonomia seria de, pelo menos “24 horas contínuas em um uso normal”. Não sei se me considero uma pessoa normal usando um smartphone, mas sem utilizar nenhum recurso de economia de bateria, mantendo o Wi-Fi ligado o tempo todo, recebendo e-mails e alertas de redes sociais, ouvindo música por mais ou menos 1h30, utilizando o GPS em momentos ocasionais, rodando jogos e visualizando vídeos por 30 minutos, o Moto X aguentou, tranquilamente, um dia e meio de autonomia de uso.

Em um regime de uso mais pesado, com tarefas que exigem mais da tela e do processamento do dispositivo (como na reprodução de vídeos e, principalmente, em jogos), o Moto X apresentou um consumo de bateria maior, o que é natural para esse tipo de tarefa. Também vale a pena ressaltar que enquanto testamos os jogos, a parte traseira do smartphone ficou um pouco mais quente. Não é algo alarmante, mas é algo perceptível, ainda mais considerando que no uso regular não há dissipação de calor.

Ou seja, você pode esperar um telefone que vai aguentar sem maiores problemas a rotina de uso diário da maioria dos usuários. Para quem pensa em esquecer o carregador de bateria em casa, o Moto X é uma das opções a serem consideradas com uma certa prioridade.

Desempenho

O Motorola Moto X foi um dos melhores smartphones que testei em 2013 nesse quesito. O conjunto geral de uso é muito prazeroso, com uma performance impecável. Sem travamentos, sem engasgos, sem lags. Nada. É o desempenho que você espera de um produto desse porte.

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Utilizando o Moto X por duas semanas, ele teve um desempenho perfeito para todas as minhas necessidades, e até para atividades que não exerço tanto em um smartphone, como vídeos e jogos. O conceito “iPhone dos smartphones Android” pode muito bem ser aplicado ao Moto X, pois tal como o smartphone da Apple, ele foi totalmente ajustado para oferecer um desempenho impecável, mesmo sem ter um hardware considerado top de linha. A Motorola priorizou nesse produto a experiência de uso do que números mirabolantes nas especificações. E acho que eles fizeram uma aposta acertada.

Uma das questões que o Motorola Moto X levanta é: será que a maioria dos usuários precisam mesmo de um smartphone com um hardware top de linha? Ou a maioria dos usuários precisam de um dispositivo que funcione bem, com uma experiência de uso impecável, mesmo com um hardware considerado intermediário aos olhos de alguns?

É claro que existem dispositivos com um hardware mais robusto no mercado, e que para alguns geeks mais viscerais, “quanto mais, melhor”. Eu entendo. Porém, o Moto X não deve em nada em desempenho aos modelos mais caros do mercado. E, para a maioria, é mais do que suficiente para realizar as suas tarefas mais cotidianas, e até mesmo algumas das mais complexas. Entendo que é a minoria dos usuários que realmente conseguem entupir os seus dispositivos de jogos, aplicativos e músicas, ou que querem realizar tarefas ainda mais complexas do que os jogos mais avançados.

E, para esses, nem mesmo modelos como o Galaxy S4 e o Xperia ZQ podem satisfazer em 100% essas necessidades. São os eternos insatisfeitos com a tecnologia.

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Conclusão

O Motorola Moto X está aprovado. Sem medo de errar, é um smartphone simplesmente espetacular, levando em consideração a sua proposta de preço (agora R$ 1.499, mas pode ficar mais barato), pelas especificações técnicas do produto e, principalmente, pela experiência de uso ofertada. É um dispositivo que pode agradar todos os tipos de usuários, oferecendo recursos e desempenho mais que suficiente para posicioná-lo como um dos melhores smartphones Android lançados em 2013.

Review em Vídeo

Parte 01

 

Parte 02

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